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Uma irreverência inveterada da mais pura boêmia, da mais pura insensatez, das mais loucas das loucuras, dos mais sórdidos dos desejos, das incertas incertezas, dos pecados apegados, do fracasso do acaso, afogado em longos frascos, da mais pura irreverência, da mais pura boêmia.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Meu interior



Fico todo arretado

quando um filho da peste,

me guia pela cidade

sem caminho,

sem destino,

sem também humanidade

o matuto fica aqui

sem entender o que ele quer.

.

Fico todo agoniado

quando este filho da peste

me mostra o que não presta

esse dinheiro não me atrai

eu vou tocar viola

aqui onde Judas anda sem botas.

.

Meu interior

.

Essa tal de cidade grande

começou a me atrair

tanta coisa,

tanta gente,

dá até pra fazer rir,

só não esqueço

lá da velha e dos meus filhos

que tanto choram por mim.

.

A vida aqui ta muito boa,

o tempo até já tá passando,

só não diga que não presta,

esta cidade me encanta ,

que beleza tudo é festa,

to pensando em me arranjar,

com uma nega doida aqui.

.

Já está chegando minha hora

vou voltar pra minha terra

sem dinheiro e sem vergonha

minha alma pura e limpa,

com certeza eu sei,

vou levar daqui.

Já está chegando minha hora

vou volta pra minha terra

de cabeça erguida,

pode esperar meus meninos

papai tá chegando ai.

.

Meu interior

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