Acerca de mim

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Uma irreverência inveterada da mais pura boêmia, da mais pura insensatez, das mais loucas das loucuras, dos mais sórdidos dos desejos, das incertas incertezas, dos pecados apegados, do fracasso do acaso, afogado em longos frascos, da mais pura irreverência, da mais pura boêmia.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

O! leh



Beijo outra boca,
e fecho os meus olhos,
lembro do gosto da tua boca,
do cheiro do teu corpo,
do calor da tua alma.
De repente escuto uma outra voz,
um outro cheiro,
um outro beijo,
e desperto do meu delírio,
fico com uma saudade contida,
de te ver sorrindo para mim,
chorando por mim,
vivendo pra mim.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Meu legado

Futuro um tanto ausente,
onde foi o meu fracasso.
Desentendo a minha mente,
que ilude o meu fiasco.
De um presente descontente,
que não entende meu vigário.
Minha gente tão crescente,
não entende o meu passado.
Minha fome minha sede,
de entender mais este caso.
Do passado e do presente,
não ressurge o meu legado.
Vou seguindo o meu caminho
sem pensar no meu futuro,
vou guiando minha vida
só com vinho e tabaco.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Solstício à lua cheia


Luz do dia,
porto soberano,
distorção de luz raiando fogo.
Fraquejando ao entardecer,
refugido na noite cheia,
tomado de fúria na matina,
mas cheio de mandingas durante o dia.
Refugiando nas nuvens cheias,
sofejando entre os cantos,
com passados e histórias à contar,
vou queimando a minha pela,
mas o ardor e o brilho,
um dia vai se acabar.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

solitatis




Setembro de 2009,
reinicio outra primavera,
em mais um equinócio refaço meu destino,
com o choro já contido,
e a lágrima já derramada,
esfolho sobre minhas lembranças
uma nova história que se inicia,
nova ótica de vida,
uma fórmula sucinta,
imprevisível ou irrefutável,
mais concerteza ainda viva,
o ego de minha vida.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Rotina


O que me agonia é essa rotina,
de acordar na matina,
e repetir toda jornada,
de restaurar toda essa agonia,
de me assemelhar a uma máquina,
mecânico, repetitivo, desprovido.
Mas o que me agonia mesmo é essa tristeza,
que cada dia a rotina me presente-a,
fazer-se em mil parecer obrigação,
sedentar o meu ardo ritual,
sentir o gosto do voador intercalar,
entre os momentos de suor,
apreciar a pureza dos minutos de descanso,
sempre acompanhado de um bom violão.